A história da Team Ninja

Salve salve pessoal…

Hoje vou contar pra vocês, a história da Team Ninja, equipe por trás de jogos como Ninja Gaiden, Dead Or Alive e Nioh.


Em 1992, um designer chamado Tomonobu Itagaki entrou na Tecmo para participar do desenvolvimento do jogo Tecmo Bowl, de futebol americano. Com o passar do tempo, a Tecmo viu na equipe de Itagaki uma qualidade ímpar no desenvolvimento, e criam um estúdio para focar nos jogos que estavam em alta, jogos de fliperama.

Assim, Itagaki e equipe criam a Team Ninja, e partem para a pesquisa de que jogo gostariam de criar. Buscando influências em jogos de luta em 3D (que estavam em alta, títulos como Virtua Fighter, Tekken e Battle Arena Toshinden), eles decidem criar um jogo de luta em 3D.

Dead Or Alive para Arcade

Dead Or Alive para Arcade

O jogo que foi criado, é o Dead Or Alive, utilizando a placa Model 2 da SEGA para Fliperamas (lançado em 1996), e depois foi portado para Sega Saturn, e depois de um tempo para o Playstation 1.

Dead Or Alive, apesar de se parecer com Virtua Fighter, tinha um sistema rápido de jogabilidade que consistia em combos e contra ataques.

Dead Or Alive para Sega Saturn em uma revista

Dead Or Alive para Sega Saturn em uma revista

A Team Ninja sempre quis criar um jogo rápido de luta, que não passasse uma mecânica “travada” ao jogador. E algo que deixou os fãs da Tecmo com um brilho nesse game, foi a presença de Ryu Hayabusa, personagem da série Ninja Gaiden.

Com o sucesso do primeiro Dead Or Alive, era esperado uma continuação, e em 1999, chega Dead Or Alive 2 no mercado utilizando a poderosa placa Naomi da SEGA, e depois foi portado para Dreamcast, e depois para Playstation 2. O jogo se tornou um sucesso devido a sua mecânica, e também pelo visual, que estava belíssimo (e foi ai que a Team Ninja começou a investir no visual das garotas do game, se é que me entende rs).

Dead Or Alive 2

Dead Or Alive 2

Ao iniciar o desenvolvimento de Dead Or Alive 3, Itagaki e equipe queriam atingir um primor técnico com a franquia, sendo que os videogames atuais não o atraiam tanto, com a chegada da Microsoft no mercado de consoles com o Xbox, ele ficou pasmo com a qualidade do console, e faz um acordo de exclusividade, que para a Microsoft foi bom, que estava buscando um game de luta para o lançamento do console.

Dead Or Alive 3 foi um sucesso na plataforma do Tio Bill Gates, e uma polarização começou a ficar mais evidente a partir daí, muitos fãs de Tekken (que era exclusivo do Playstation) começaram a rivalizar ainda mais com os fãs de DOA que agora era totalmente exclusivo de uma plataforma concorrente.

Dead Or Alive 3

Dead Or Alive 3

Para apimentar mais a rivalidade, Itagaki, soltava várias notas, em que o Tekken era divertido até o 3, depois o game ficou estagnado e não evoluiu. Além dessa acidez Itagaki era conhecido por sempre utilizar óculos escuros para não expressar opiniões ao ver outros games, passando um ar frio nas conferências.

Após o sucesso de DOA 3, era esperado o DOA 4, mas a Team Ninja tinha outros objetivos, o primeiro era a construção de um jogo de voleibol de praia entre as personagens femininas de DOA. O jogo em si, até era divertido, e causou um certo “sucesso” entre os fãs, sendo que tinham até modificações para os biquínis.

Dead Or Alive Xtreme Beach Volleyball

Dead Or Alive Xtreme Beach Volleyball

O segundo objetivo era a construção de um jogo que foi renomado no passado, e estava voltando no reboot que faria parte do universo de DOA, o jogo Ninja Gaiden, que foi lançado em 2004.

Em 2005, é lançado Ninja Gaiden Black, que era uma versão melhorada do primeiro game. Nesse ano, no lançamento do Xbox 360, é lançado o Dead Or Alive 4, e no ano seguinte a continuação do jogo de voleibol.

Ninja Gaiden Black

Ninja Gaiden Black

Em 2007, o Ninja Gaiden sai da exclusividade da Microsoft, e é lançado para Playstation 3 e para Nintendo DS. Em 2008, chega o Ninja Gaiden 2 (lançado inicialmente como exclusivo do Xbox 360), que foi um enorme sucesso.

Ao mesmo tempo, Itagaki estava processando a Tecmo por falta de bônus no lançamento do Ninja Gaiden 2, e ele também foi acusado de assédio sexual na empresa. Com isso, Itagaki e alguns membros da Team Ninja, saem da Tecmo e criam a Valhalla Game Studios.

Ninja Gaiden 2

Ninja Gaiden 2

Nesse ponto, a preferência de exclusividade com a Microsoft já não existia mais, e assim os próximos games (Ninja Gaiden 3, Yaiba Ninja Gaiden Z e Dead Or Alive 5) se tornaram multiplataformas logo no lançamento.

A Team Ninja chegou a desenvolver alguns projetos exclusivos para outras plataformas como Metroid Other M para Wii, Hyrule Warriors para Wii U e Dead Or Alive Voleibol 3 para Playstation 4 mas nenhum que causasse um grande impacto. Os outros games começaram a ter uma qualidade meio duvidosa, sendo que muitos fãs não gostaram do Ninja Gaiden 3.

Hyrule Warriors (desenvolvimento em parceria com a Omega Force)

Hyrule Warriors (desenvolvimento em parceria com a Omega Force)

Quanto a série Dead Or Alive, o quinto capítulo até apresentou uma história interessante, porém na minha opinião, eles sexualizaram mais (sim, ainda mais rs) as personagens, e virou uma máquina de DLCs, até mesmo Itagaki soltou uma nota dizendo que ficou triste com os rumos que a série tomou.

A Team Ninja parecia que não iria emplacar outra bola dentro tão cedo, até que em 2017, chega no mercado Nioh, que foi planejado desde 2004 através de um roteiro criado por Akira Kurosawa (famoso escritor japonês).

Nioh

Nioh

O jogo é no estilo de RPG com Ação, e foi lançado para Playstation 4 e Windows. O jogo se tornou um sucesso no mundo todo, inclusive a Famitsu deu 36 de 40 para o jogo.

Então jovens, essa foi a história da Team Ninja, estúdio criado para desenvolver um arcade, que conseguiu sucesso em vários projetos, depois entrou em um hiato sem Itagaki, e parece que voltou aos eixos (e tomara que tragam um novo Ninja Gaiden pra gente rs).

Bom pessoal, por hoje é só.
Abraços e até a próxima.

Dan (Daniel Atilio)
Cristão de ramificação protestante. Especialista em Engenharia de Software pela FIB, graduado em Banco de Dados pela FATEC Bauru e técnico em informática pelo CTI da Unesp. Entusiasta de soluções Open Source e blogueiro nas horas vagas. Autor e mantenedor do portal Terminal de Informação.

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