Introdução ao mundo Linux

Olá a todos que acompanham o blog.
Hoje irei falar sobre alguns conceitos do mundo Linux, como Kernel, Ambiente X, Root, Distros, dentre outras coisas.



GNU / Linux:

Os sistemas operacionais GNU/Linux (Gnu Slash Linux, ou popularmente conhecido apenas como Linux) são sistemas robustos baseados no Unix e Minix, abaixo irei contar um resumo da história.

GNU (GNU’s Not Unix): Surgiu na década de 80, como um movimento dos hackers para a criação de um sistema operacional gratuito que fosse robusto e potente tanto quanto o Unix, seu grande líder foi Richard Stallman que criou vários conceitos sobre Software Livre.
Linux: Sistema operacional criado por Linus Torvalds na década de 90 com ferramentas da GNU, no começo era pra ser só um hobby, e ser um projeto pequeno baseado no Minix, mas com o tempo ganhou proporções gigantescas.
Junção de GNU e Linux: Na década de 90 a GNU já havia desenvolvido várias ferramentas (como o gcc), mas faltava um núcleo (kernel), ai surge o Linux, que caiu perfeitamente como um kernel para as aplicações GNU.

GNU/Linux

GNU/Linux

Kernel:

O kernel nada mais é que o núcleo do sistema operacional, aquele que é responsável pela comunicação entre Hardware e Software, ou seja, ele gerencia os recursos do computador (como memória e processamento) tanto quanto gerencia as aplicações.

Kernel

Kernel

Ambiente Gráfico (Ambiente X):

Ambientes Gráficos são responsáveis por gerenciar o modo gráfico do computador, ou seja, através dele conseguimos usar um mouse, e usar aplicações que usam recursos gráficos (como assistir um vídeo). Há vários ambientes gráficos livres para sistemas Unix-like (sistemas parecidos com o Unix, como o Minix, o BSD e o próprio Linux), dentre eles podemos destacar o KDE, o GNOME e o XFCE. Daqui algumas semanas farei uma postagem só com os ambientes gráficos.

Ambiente X

Ambiente X

GPL:

GNU General Public License (Licença Pública Geral) é simplesmente normas feitas para distribuição de software livre. A GPL se baseia em 4 liberdades:
$> A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0)
$> A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
$> A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2).
$> A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie deles (liberdade nº 3). O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

Distribuições:

Como o Linux é um Kernel, várias empresas e grupos de desenvolvedores podem mudar e distribui-lo, assim nasceram inúmeras distribuições, as mais fáceis e amigáveis (Linux Mint e Ubuntu), as medianas (OpenSUSE e Fedora) e as mais complexas (Gentoo e Slackware). Mas como saber qual distribuição é a que melhor se adapta a você? O jeito é testar, testei várias distros até chegar no OpenSUSE.

Partições:

Em comparação com o Windows, é basicamente a mesma coisa, por exemplo, se no Windows você tem duas partições a C: e a D:, no linux o equivalente seria a /dev/sda1 e /dev/sda2. Mas geralmente é bom sempre ter 3 partições no mundo linux, a raiz (/, lembrando que o mínimo adequado seria 4 GB) onde vai ficar os arquivos principais e toda estrutura do Sistema Operacional, a SWAP (tamanho mínimo aconselhável de 1 GB a 1.5 GB) que é uma partição que atua como uma memória virtual e não faz mais nada além disso, e a pasta de usuário (/home/, 2 GB no mínimo), onde você pode salvar seus arquivos, músicas e vídeos. Mas porque manter essa arquitetura? Caso você venha a formatar sua distro e trocá-la por outra diferente (tenho um Fedora e quero ir para o Ubuntu), seguindo essa arquitetura, dificilmente você perderia arquivos, músicas, e-Mails, etc. Mas hoje, várias distros tratam automaticamente esse processo de montagem de partições.

Usuários no Linux:

Existe basicamente dois tipos de usuários no mundo Linux, o root (super usuário – administrador), que pode fazer o que quiser no sistema, ou seja, alterar configurações, editar arquivos importantes, instalar programas, etc. Os outros usuários, são usuários comuns, que podem alterar seus arquivos, mas nada de arquivos importantes ou instalação de aplicações.

Root

Root

Terminal:

Apesar de hoje, várias distros Linux possuírem muitas ferramentas gráficas, fazer coisas pelo terminal acaba sendo mais eficiente e eficaz, pelo motivo de ser mais rápido e fácil, além do que, é uma ótima ferramenta para gerenciar seu sistema, com ele você vê manuais de aplicações, ajuda (helps), saídas. Por exemplo, você tem um aplicativo X instalado, ele não inicia no modo gráfico, você vai pelo terminal da o comando da aplicação e ve o retorno do erro, pode ser só um caso de falta de alguma lib ou biblioteca.

Terminal

Terminal

Bom pessoal, por hoje é só.
Abraços e até a próxima.

Dan (Daniel Atilio)
Cristão de ramificação protestante. Especialista em Engenharia de Software pela FIB, graduado em Banco de Dados pela FATEC Bauru e técnico em informática pelo CTI da Unesp. Entusiasta de soluções Open Source e blogueiro nas horas vagas. Autor e mantenedor do portal Terminal de Informação.

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