Salve salve pessoal…
Vocês já ouviram falar do Stubbs The Zombie? Game em que você controlava um simpático zumbi pelas ruas com o objetivo de transformar outras pessoas em zumbis?
Tudo começou com Alexander Seropian (co-fundador da Bungie e um dos responsáveis por Halo Combat Evolved, Myth e Marathon), em 2003, quando ele decide começar uma nova empresa com outras pessoas da Bungie, então eles montam a Wideload Games. Como primeiro projeto, eles tiveram a ideia de fazer um game, em que o protagonista seria um zumbi, e o game seria voltado para comédia, assim nasce as ideias para o jogo Stubbs The Zombie.
O jogo utiliza a mesma engine de Halo (quando joguei no começo, parecia que eu estava dirigindo um Warthog em um corpo de zumbi rs), inclusive na capa do jogo tem menção a essa Engine. Os comandos são simples, tendo pulo, dirigir alguns veículos e alguns ataques, inclusive opções como arrancar a própria cabeça e jogar em um estilo de boliche, arrancar um órgão interno e jogar como se fosse uma granada, acumular gás e soltar um peido detonador para asfixiar inimigos, arrancar sua mão e possuir algum policial para que ele mate outras pessoas, etc.
Uma coisa que chamava a atenção no jogo, era seu humor, além dos golpes do Stubbs, o jogo possuía cenas e partes do jogo divertidas, como em uma fase da represa, em que o Stubbs fica apertado e decide mijar na água rs… Ou em outra cena, em que você irá enfrentar alguns fazendeiros, e o Stubbs sobe em um palco e começa a fazer um discurso motivacional para outros zumbis, com uma bandeira dos Estados Unidos atrás dele, um som patriota, e apenas a palavra “Brain” era repetida (cérebro), e os outros zumbis aplaudindo o Stubbs.
Lembro que a primeira vez que vi o jogo, foi no extinto G4 Brasil que passava na Rede Bandeirantes, e eu pensei “Mano, preciso comprar logo um Xbox pra jogar isso”.
Mas qual era a história e enredo do jogo? Tudo começa em 1933, quando Edward “Stubbs” Stubblefield, um pequeno vendedor, tenta ganhar a vida durante a Grande Depressão, ele conhece uma garota chamada Maggie Monday, por quem se apaixona e começam a viver juntos, porém, o pai de Maggie, o senhor Otis, não aceitando o relacionamento entre os dois, chega em casa e mata o pobre Stubbs, jogando seu corpo em uma região selvagem.
Após passar um tempo, em 1959 uma cidade é criada, a cidade de Punchbowl, essa cidade foi fundada pelo multimilionário industrial (e playboy rs) Andrew Monday, filho de Maggie. Porém essa cidade foi construída no topo do lugar onde o Stubbs foi jogado. Stubbs então sai do túmulo e decide se vingar comendo os cérebros dos habitantes de Punchbowl, criando um grande exército de mortos vivos.
Com isso nasce o jogo Stubbs The Zombie, onde seu objetivo é acabar com as forças policiais e do exército, causando caos em Punchbowl, comendo os cérebros das pessoas e fazendo elas seguirem você no seu exército (sendo que ao comer um cérebro, além de regenerar a vida do Stubbs, a pessoa vira um zumbi e vai te seguindo e enfrentando quem se opuser a você).
Stubbs The Zombie foi lançado em 2005 para Xbox, PC e Macintosh e teve notas variadas, tendo uma média de 75 no Metacritic, ele enfrentou críticas também, que diziam que ele influenciava o canibalismo, já que como Zumbi, você teria que comer humanos.
Apesar de tudo, o jogo é lembrado por muitas pessoas que tiveram o primeiro Xbox, ou por jogadores de computador que gostavam de jogos com uma pitada de comédia que até pediam continuação para o game. Após o lançamento do game a Wideload Games começa o desenvolvimento de Hail to the Chimp lançado em 2008, e em 2009 a Disney compra o estúdio e suas franquias para fazer parte seu quadro de desenvolvimento sob a Disney Interactive.
Com o tempo e com os gastos, a Disney faz com que a Disney Interactive tenha uma reestruturação corporativa, assim alguns estúdios fecham como a Black Rock Studio (Pure e Split Second), e a Wideload teria seu foco nos jogos mobile, lançando assim um jogo dos vingadores, o Avengers Initiative. Mas apesar dos esforços, em 2014, a Disney fecha a Wideload Games.
Isso fez com que os fãs perdessem a esperança em uma possível continuação, até que surge Ragtag Studio, estúdio composto por desenvolvedores envolvidos na Wideload, Disney e Ensemble Studios.
A Ragtag está criando um jogo similar a Pikmin, chamado Ray’s the Dead, no qual retrata a história de um zumbi com uma lâmpada na cabeça e seus seguidores.
O co-fundador do estúdio Ragtag, Chris Cobb, disse ao Joystiq:
“Stubbs não teve grandes vendas, mas as pessoas que descobriram quando foi lançado, realmente gostaram muito […] As pessoas que conhecem Stubbs e se deparam com o nosso jogo ficam entusiasmadas quando percebem as semelhanças e que estão envolvidos pessoas que trabalharam com Stubbs”.
Então jovens, dificilmente iremos ver um novo Stubbs, já que os direitos pertencem a Disney, porém se vocês quiserem, podem apoiar o jogo Ray’s the Dead, que esta em versão Alpha para o PC, e tem previsão para Playstation 4 e Playstation Vita, quanto ao Xbox One e ao Nintendo Switch, a equipe soltou uma nota nesse Halloween, em que eles tem interesse em lançar para todas as plataformas, porém existem dois pontos a serem ressaltados, o primeiro é que assinaram uma exclusividade temporária com a Sony, eles precisariam esperar acabar o tempo de exclusividade, e o segundo, é que só poderão lançar se o jogo realmente for viável financeiramente, ou seja, se os fãs das plataformas mostrarem interesse na compra.
Obs.: Eu encontrei uma referência a Stubbs The Zombie 2: Revenge Of The Salesman, um jogo indie que seria uma continuação do Stubbs original, porém não encontrei muitas informações sobre, e não sei se o projeto realmente está em andamento.
Referências:
giantbomb.com
engadget.com
kickstarter.com
indiedb.com
Bom pessoal, por hoje é só.
Abraços e até a próxima.
Material excelente, meus parabéns.
Já tinha ouvido falar desse jogo, mais nunca tive muito interesse, porém após essa matéria deu até vontade de jogar.
É foda quando um jogo muito bom não faz o sucesso “esperado”, sofro do mesmo problema com o Rule of the Rose, jogo de survival horror exclusivo de PS2. É um puta jogaço, história pesada, universo envolvente, trilha sonora perfeita, porém não teve o sucesso que merecia e acabou em esquecimento.
Mais uma vez, meus parabéns Daniel, continue assim.
Boa noite José.
Opa, muito obrigado jovem.
Não conheço também esse Rule of the Rose, depois irei procurar.
Um grande abraço.