Salve salve pessoal…
Vou contar para vocês a história do teclado com padrão QWERTY. Ele teve rivais? Tem variações? E como é o teclado QWERTY no Japão?
Tudo começou em 1868 pelas mãos de Christopher Latham Sholes, que tentou criar um dispositivo de digitação, no qual ele criou uma máquina grossa, e que era bem lenta, longe de ser perfeita. Naquela época, existia muitas escritas manuais, e para tentar otimizar o tempo das pessoas com as cartas, ele tentou criar essa engenhoca. A máquina usava letras em hastes chamadas barras de tipo, e quando uma haste era pressionada, essa barra de tipo aumentaria e acertaria uma fita revestida de tinta que “passaria” a imagem da letra para o papel.
O design original do aparelho, posicionava as teclas em ordem alfabética, isso causou uma certa confusão, pois no idioma em inglês, existiam muitas palavras que tinham letras que se juntavam (como ST – abstrict, plastics, string, entre outras), e com essas palavras, quando se digitava muito rápido, uma tecla enroscava na outra.
Para solucionar isso, Sholes se juntou a Amos Densmore, para organizarem um melhor sistema de combinação de teclas, isso inicialmente tornou difícil para as pessoas encontrarem as letras para digitar de maneira efetiva. Mas para quem se acostumasse com esse modelo, ele iria digitar mais rápido do que com as teclas ordenadas conforme o alfabeto, afinal as hastes não iriam enroscar, e assim começa o caminho do padrão QWERTY, que apareceu pela primeira vez em 1872.
A primeira máquina a ser lançada com esse padrão foi feita pela Remington & Sons, foi chamada de Remington No. 1, porém não foi aquele sucessos que esperavam, sendo que naquela época, uma máquina que escrevia, era tida como uma ideia estranha para as pessoas. Naquela época, pessoas achavam que a escrita mecânica era ruim e até mesmo ofensiva.
Após 4 anos, e algumas modificações, chega no mercado a Remington No. 2, como principal mudança veio a adição da tecla Shift, para poder digitar maiúsculas e minúsculas, e seu nome vem por causa do motor que precisaria mudar (Shift) de posição para escrever as letras.
Conforme foi passando o tempo, e a popularidade da máquina de escrever crescia, as pessoas pararam de reclamar, e começaram a memorizar as posições das teclas, até teve outros tipos de teclado com outros padrões, inclusive alguns com melhor performance como o XPMCHR (que também foi criado por Sholes, afinal ele não gostava muito do QWERTY), mas não teve jeito, o povo já tinha se acostumado e gostava do padrão QWERTY.
Outro padrão que tentou tirar o posto do QWERTY, ocorreu em 1930 com o professor August Dvorak, ele redesenhou o teclado e todas as vocais e consoantes, organizando as teclas, a grande vantagem dele, é que, enquanto uma máquina de escrever você precisava das duas mãos, com o Dvorak, você podia usar uma mão só.
Além disso, ele possuía em uma única linha a sequência de teclas AOEUIDHTNS, e através disso, em média poderia ser digitado 400 palavras mais comuns da língua inglesa, em comparação com 100 na QWERTY.
Apesar de tudo, em 1953, um estudo da Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos, determinou que não era o tipo de layout do teclado, mas sim a habilidade individual dos Tipologistas. Isso acabou por matar o teclado Dvorak, pois as pessoas não iriam querer treinar para um novo padrão, sendo que todos já conheciam o QWERTY.
Inclusive Dvorak soltou a famosa frase “Alterar o formato do teclado é como propor a reversão dos Dez Mandamentos e a Regra de Ouro, descartar todos os princípios morais e ridicularizar a maternidade”.
Hoje o QWERTY é usado no mundo todo, sendo que em algumas regiões do mundo, possui variações, como o AZERTY (como França e Bélgica) e QWERTZ (como Alemanha, Suíça e Áustria). Com o tempo ele foi ganhando aprimoramentos, inclusive na tecla F e J, possuem um pequeno revelo, para identificar que devem ficar posicionados os dedos indicadores.
Em países onde o idioma não segue o Alfabeto, como países asiáticos (China e Japão) e países árabes, o teclado segue o padrão QWERTY, mas cada tecla possui um pequeno ideograma.
Portanto, um padrão que foi criado lá em meados de 1868, mesmo com alegações de não ser melhor “otimizado” do que os outros, hoje é usado por várias pessoas em computadores e celulares, e dificilmente iremos ver esse padrão mudar algum dia.
Referências:
– todayifoundout.com
– techtudo.com.br
Bom pessoal, por hoje é só.
Abraços e até a próxima.