Análise – Wonder Boy: The Dragon’s Trap

Salve salve pessoal…

Se você gosta dos antigos jogos da geração 8 bits, com certeza já deve ter jogado algum da série Wonder Boy, famoso aqui no Brasil pela adaptação da TecToy como Turma da Mônica.


Introdução

O jogo Wonder Boy: The Dragon’s Trap foi refeito para a nova geração, pegando gráficos e músicas antigas do Master System, e reformulando eles, trazendo um resultado incrível para a nova geração de consoles.

O jogo original foi lançado para o saudoso Master, e aqui no Brasil ganhou uma adaptação da TecToy, onde ele foi lançado como Turma da Mônica em O Resgate.

No jogo você controla um herói que habita em uma terra mágica, a Monster Land, e ao vencer um Dragão Gospe Fogo, você é transformado em um monstro meio humano e meio lagarto, a sua única solução é encontrar a Cruz de Salamandra para voltar a sua forma original, mas pelo caminho você enfrentará outros dragões e cada um irá amaldiçoar nosso herói para se transformar em um monstro diferente.

Voando com a forma de Falcão

Voando com a forma de Falcão

Som

Todas as músicas do jogo, são versões refeitas das do Master System, e muitas das vezes eu ficava comparando elas (é possível apertando o analógico direito), onde a música antiga tinha aquele padrão 8 bits, e quando você muda para a versão nova você ouve instrumentos mais novos, e uma nova mixagem, até dá para ter uma noção de “máquina do tempo” rs.

Forma de Rato

Forma de Rato

Os efeitos sonoros também ganharam uma repaginada, sendo que eles lembram muito os efeitos usados nas antigas gerações de games, como quando você mata um inimigo e vem uma moeda, o sonzinho da morte do inimigo e da moeda saindo dele, é muito agradável, parecendo até sons de desenho animado.

Arte do Jogo

Arte do Jogo

Gráfico

Esse nem preciso comentar rs… É o grande atrativo do jogo, todos os sprites, personagens, cenários, todos eles foram feitos para a nova geração e ficou tudo excepcional. E em muitas partes, no Master System, como havia limitação, os cenários eram, por exemplo, escuro no fundo, na versão nova existem masmorras, árvores, etc e outros objetos no lugar desse fundo (cenários extremamente detalhados). É como se uma criança jogando no antigo Master, pudesse imaginar os cenários naquela época, o resultado seria esse criado pela equipe desenvolvedora.

Área da Lava

Área da Lava

Assim como o som, se você pressionar o gatilho direito, ele troca o visual para o visual clássico de 8 bits, e é bacana essa transição, ela é bem rápida, e a atualização de gráficos é incrível de se comparar, os detalhes dos personagens, animações dos movimentos deles e dos inimigos, os cenários de fundo… Tudo ficou bem feito e bem encaixado nessa versão de Wonder Boy.

Mudança gráfica com o gatilho direito (RT)

Mudança gráfica com o gatilho direito (RT)

Controles

Os comandos do jogo são:
A = Pulo
B = Usar item
X = Atacar
Y = Abrir menu de itens (para equipar espadas, escudos e armaduras)
LB / RB = Mudar item
RT = Alternar entre Visual retro / Visual novo
Analógico Esquerdo = Movimentar personagem
Apertar Analógico Direito = Alternar entre Som Retro / Som Atual

O sistema do jogo é simples, onde você movimenta o personagem e utiliza ataques e itens especiais para vencer os inimigos. Existe uma pequena variedade nos itens que podem ser usados, como bolas de fogo, tornados, flechas, etc… Quanto a cura, existe os itens de reviver o personagem (uma poção azul), e em uma porta, uma enfermeira que pode te curar em troca de dinheiro.

Enfrentando ninjas e samurais

Enfrentando ninjas e samurais

Os itens que você acopla ao personagem podem ser adquiridos enfrentando inimigos ou sendo comprados no bazar do Porco, os itens tem 3 variedades, Escudo, Espada e Armadura, sendo que para cada monstro que você se transformar, os atributos mudam, por exemplo, pro monstro Leão, a espada X é a melhor, mas para o monstro do Mar, a espada Y é a melhor.

No total são 6 transformações diferentes:
– Forma Humana: A forma inicial, sendo esta simples com ataques de espada, e você só consegue usá-la novamente após zerar o jogo e vencer o último dragão
– Forma de homem Lagarto: A primeira forma do jogo, ele não tem escudo, mas é o único que atira projéteis, ele atira bolas de fogo para vencer os inimigos, é disponibilizado ao vencer o primeiro Dragão
– Forma de homem Rato: A segunda forma do jogo, ele é pequeno, e consegue andar pelas paredes quadriculadas, é disponibilizado ao vencer o Dragão do Deserto (dentro da Pirâmide)
– Forma de homem Peixe: A terceira forma do jogo, é similar a forma humana, porém com a possibilidade de nadar, é disponibilizado ao vencer o Dragão Zumbi (dentro do Pântano)
– Forma de homem Leão: A quarta forma do jogo, é similar também a forma humana, porém ele não se agacha, e é a mais forte do jogo, sendo que seu ataque de espada não é apenas reto, ele pega um ângulo inteiro de 180 graus, é disponibilizado ao vencer o Capitão Dragão (dentro do navio Afundado)
– Forma de homem Falcão: A quinta e última forma do jogo, é similar a forma humana, mas com essa você consegue voar, é disponibilizado ao vencer o Dragão Samurai (dentro do Templo dos Samurais)

Homem Lagarto

Homem Lagarto

Para alterar entre as formas, ou você pula na pedra das Transformações (existem 2 fáceis de encontrar no jogo, uma no fim da área da lava, e a outra em uma das casas do vilarejo). E a segunda, é no caminho indo para o Templo dos Samurais, logo antes de chegar, existe uma passagem acima ainda na caverna, entrando nela, você acha uma porta secreta, através dessa porta é possível você comprar a Espada da Tasmânia, comprando ela, e equipando no seu personagem, basta você pular e apertar para cima e o botão de ataque.

Diversão

Fica difícil classificar a diversão, pois sou totalmente suspeito para falar, afinal, sou fã de jogos 2D e sou fã da SEGA rs…

O jogo em si é exatamente igual ao do Master System, o que deixa ele com aquele charme de jogar às tardes, e quando você percebe, o que era uma partidinha de 10 minutos, se torna uma partida de 1 hora rs… Eu achei extremamente viciante, sendo que as lembranças de infância e os momentos de comparação do game trazem uma sensação nostálgica à tona.

O jogo é um pouco difícil (zerei na dificuldade normal), sendo que até pegar o jeito do game, morri algumas vezes. Eu zerei game (pegando também alguns itens secretos) em 6 horas e meia.

Herói tomando um raio e prestes a se transformar

Herói tomando um raio e prestes a se transformar

Outras informações

O jogo possui Auto Save e existe um outro recurso legal, ao acessar as antigas salas de save com o Porco, ele te dá um password, e esse password pode ser usado no jogo original para Master System.

Esse jogo também introduziu a opção de jogar com uma garota, opção que não era disponível no Master System.

Heroína do game

Heroína do game

Preço

Na PSN, o jogo está R$ 61,50, Clique Aqui para saber mais.

Na Steam, o jogo está R$ 36,99, Clique Aqui para saber mais.

Na Xbox Live, o jogo está R$ 39,00, Clique Aqui para saber mais.

Transformando em outras formas

Transformando em outras formas

Obs.: Foi confirmado para 2018 as mídias físicas para Nintendo Switch e Playstation 4, e a versão do Switch, o label do cartucho será similar ao label do Master System.

Considerações Finais

Wonder Boy: The Dragon’s Trap foi uma grata surpresa em 2017, sendo um jogo antigo refeito com uma cara totalmente nova, a sensação quando joguei, era de que como se uma criança jogando no Master, usasse sua imaginação para interpretar os cenários e músicas, o resultado seria esse game refeito.

Apesar do preço ser um pouco elevado (principalmente para quem utiliza a PSN), creio que valha a pena, principalmente em uma promoção, e principalmente se você gostar de jogos da década de 80.

Ah pessoal, caso vocês peguem a versão do PC, existe um mod, para deixar igual a Turma da Mônica (e esse mod é um excelente trabalho diga-se de passagem)



Bom pessoal, por hoje é só.
Abraços e até a próxima.

Dan (Daniel Atilio)
Cristão de ramificação protestante. Especialista em Engenharia de Software pela FIB, graduado em Banco de Dados pela FATEC Bauru e técnico em informática pelo CTI da Unesp. Entusiasta de soluções Open Source e blogueiro nas horas vagas. Autor e mantenedor do portal Terminal de Informação.

2 Responses

  1. José Claus disse:

    Muito bom Daniel, mesmo eu não conhecendo o original deu até vontade de jogar! Pelo que você descreveu e as imagens apresentadas, parece um jogo bem completo e divertido, com aquele cheirinho de nostalgia.

    Continue com essa qualidade de sempre, abraços!

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